
Boeing corta produção do 737 MAX após acidentes com modelo
Produção mensal será reduzida de 52 aviões para 42. Ações da companhia recuaram 4% nesta sexta-feira
A Boeing anunciou nesta sexta-feira (5) que planeja reduzir a produção mensal do jato 737 MAX em quase 20% após dois acidentes fatais com o modelo do avião, sinalizando que a empresa não espera que autoridades de aviação permitam que a aeronave volte a voar em breve.
As entregas do avião mais vendido da Boeing foram congeladas depois que autoridades de aviação ao redor do mundo determinaram proibição de voos do modelo. Em 10 de março, a queda de um jato da Ethiopian Airlines matou todas as 157 pessoas a bordo.
A produção mensal será reduzida de 52 aviões para 42 a partir deste mês, informou a empresa, sem mencionar um prazo para a normalização.
Autoridades dos Estados Unidos e de companhias aéreas acreditam que o avião pode ficar em terra por pelo menos dois meses, mas o aumento desse prazo é uma possibilidade.
A queda do avião na Etiópia, que ocorreu depois que um jato do modelo operado pela Lion Air caiu na Indonésia em outubro passado matando 189 pessoas, criou uma crise para a maior fabricante de aeronaves do mundo.
O presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, disse nesta sexta-feira que a companhia agora sabe a cadeia de eventos que causou ambos os desastres, em que uma ativação errada do sistema antiestol MCAS é um "elo comum" entre os casos.
A Boeing, que firmou acordo para comprar a divisão de aviação comercial da Embraer, afirmou que não vai cortar empregos por causa da nova taxa de produção e vai trabalhar para minimizar o impacto financeiro.
Por: G1