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POLÍTICA

Senadores de MT votam a favor do Marco Temporal; “Senado resgata seu papel de legislar”

access_time27/09/2023 19:01

Os três senadores de Mato Grosso votaram a favor do projeto que fixa o Marco Temporal para demarcação de terras indígenas no país. Mauro Carvalho (União), Jayme Campos (União) e Margareth Buzetti (PSD) comemoraram a decisão final da Casa, que aprovou a tese por 43 votos a 21. O Marco Temporal prevê que só podem ser demarcadas as terras que já estavam ocupadas por indígenas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. A decisão do Senado é uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que na semana passada derrubou o Marco Temporal ao julgar uma ação de Santa Catarina, que pode se tornar jurisprudência em todos os casos semelhantes no país, que atualmente estão "parados". Mauro Carvalho afirmou que o marco temporal é importante para trazer equilíbrio e segurança jurídica, respeitando a Constituição Federal. “Nosso objetivo não é tirar terras dos povos indígenas, mas sim manter o que foi estabelecido pela Constituição de 1988. Durante meu tempo como secretário da Casa Civil de Mato Grosso, tive a oportunidade de dialogar com diversas etnias indígenas em nosso estado, e eles nunca pediram um aumento na demarcação de terras. O que pediram foram recursos para áreas como saúde, educação e infraestrutura”, explicou. “Nosso compromisso é respeitar a cultura e os direitos de todos, garantindo a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do nosso país”, completou. Jayme Campos fez sua defesa em plenário, ao proferir o voto a favor do Marco Temporal, e foi incisivo. “Os povos indígenas querem oportunidade, saúde, educação, segurança alimentar. Ademais, o que falam por aí é conversa de bêbado para delegado, a mentira deslavada daqueles que querem continuar usurpando os povos indígenas às custas da intranquilidade de todo país”, disse. Margareth Buzetti também já vinha fazendo “campanha” a favor do marco temporal. Em entrevista, ela afirmou que o Senado “resgata seu papel de legislar”. “A insegurança que vivemos atualmente em todo o Brasil não beneficia ninguém. Nós temos a população de municípios como Vila Rica, Santa Cruz do Xingu, que está lá para um estudo sobre demarcação, que já paralisou 240 propriedades produtivas. Então, hoje o Senado deu um passo muito importante. Hoje o parlamento resgata seu papel de legislar. Não é papel do STF legislar em função de temas tão importantes”, afirmou.

TSE decide por unanimidade retirar as Forças Armadas da lista de entidades que fiscalizam as eleições

access_time26/09/2023 21:41

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu, por unanimidade, neste terça-feira, 26, retirar as Forças Armadas da lista de entidades que fiscalizam o processo eleitoral. O Supremo Tribunal Federal (STF) também foi retirado da lista. Até então, além das Forças Armadas, a fiscalização contava com a atuação de partidos políticos, federações e coligações; da OAB; Ministério Público; Congresso Nacional; Controladoria-Geral da União; Polícia Federal; Conselho Nacional de Justiça; Conselho Nacional do Ministério Público, entidades de classe, entidades sem fins lucrativos que atuam na fiscalização e transparência da gestão pública. Todas são autorizadas a ter acesso aos sistemas eleitorais desenvolvidos pelo TS e também ao código-fonte. O acesso é realizado no período de um ano antes do primeiro turno do pleito. “Entendo que se não mostrou necessário, razoável e eficiente a participação das Forças Armadas no rol de entidades de fiscalizadoras do sistema eletrônica de votação. Se demonstrou absolutamente incompatível com as funções constitucionais e legais das Forças Armadas estar no rol das entidades fiscalizadoras”, disse o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. A sugestão de Moraes foi acatada pelos demais integrantes da Corte Eleitoral. O magistrado ressaltou que a parceria com a Justiça eleitoral permanecerá. “Vai permanecer nas atividades que as Forças Armadas, historicamente, sempre realizaram numa grande parceria com a Justiça Eleitoral, como na segurança dos eleitores e dos locais de votação e o apoio logístico, como o transporte de urnas, pessoas e materiais, principalmente em locais de difícil acesso”, disse o ministro. Nas eleições de 2022, os militares entregaram ao TSE um relatório no qual sugeriam, sem apresentar provas, que o sistema não estava isento de um “eventual código malicioso que possa afetar seu funcionamento”. “Dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”, diz um trecho do relatório.

Assessora de Anielle Franco é demitida dois dias após postagem ofensiva a paulistas e à torcida do São Paulo

access_time26/09/2023 17:40

O Ministério da Igualdade Racial anunciou a demissão da servidora Marcelle Decothé na tarde desta terça-feira, 26. A assessora especial da ministra Anielle Franco estava no Morumbi na final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo. Via redes sociais, ela ofendeu os paulistas, os são-paulinos e também fez críticas à diretoria do Flamengo e à Polícia Federal (PF). “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade (sic). E pior de tudo, de pauliste (sic)”, escreveu Decothé em seu post, usando linguagem neutra. Flamenguista, a ex-assessora ainda chamou a dirretoria do clube carioca de “fascista” em outra publicação. O anúncio da exoneração foi publicado no site oficial da pasta. “De acordo com esses princípios, e para evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional, informamos que Marcelle Decothé da Silva foi exonerada do cargo de Chefe da Assessoria Especial deste Ministério na data de hoje. As manifestações públicas da servidora em suas redes estão em evidente desacordo com as políticas e objetivos do MIR”, diz a publicação, que ainda afirma que vai investigar o caso e atuar para prevenir ocorrências que contrariem os princípios norteadores da missão do ministério. Decothé acompanhou a ministra Anielle Franco para o lançamento de uma ação contra o racismo na partida. Ambas viajaram em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) por se tratar de um compromisso oficial do ministério.

Abílio é expulso da CPI do 8 de Janeiro, se recusa a sair e sessão é suspensa; veja vídeo

access_time26/09/2023 14:38

O deputado federal Abílio Brunini (PL) foi expulso da sessão da CPMI do 8 de Janeiro, na manhã desta terça-feira (26), após interromper inúmeras vezes a fala da deputada Duda Salabert (PDT-MG). A comissão, que ouvia o depoimento do general Augusto Heleno, chegou a ser suspensa até que o parlamentar se retirasse. Duda Salabert fazia questionamentos ao ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), quando Abílio começou com as interrupções. O presidente Arthur Maia chegou a alertar o parlamentar, mas sem sucesso. "Deputado Abílio, eu estou lhe chamando a atenção pela primeira vez. Se vossa excelência continuar nesse ritmo, eu vou providenciar que você saia dessa sala”, alertou Maia. Entretanto, o parlamentar mato-grossense se alterou mais e desafiou o presidente da comissão a retirá-lo da sala. "Então providencia, quero ver quem vai me tirar daqui. Toda vez é isso. Eu não vou sair", esbravejou Brunini. Por fim, Maia acionou a segurança do legislativo para que retirasse o deputado, mas foi orientado a suspender a sessão até que Abílio saísse por conta própria. “A orientação da mesa é que em caso de recusa do parlamentar se retirar, o presidente suspenderá a sessão, que será reaberta até que obedecida a determinação. (…) Caso não se retire, na próxima sessão não entrará no plenário", disse Maia no momento da discussão. Apesar de não ser membro da CPMI, Abílio participa ativamente do colegiado. Essa não é a primeira vez que ele provoca tumulto nas sessões da comissão, que investiga os atos de vandalismo contra os Três Poderes no dia 8 de janeiro deste ano. Nas redes sociais, Abilio justificou que não poderia "aceitar que um bando de esquerdistas ataquem a honra e a história do Gen. Heleno". "Não posso ser omisso diante da injustiça. Ele foi a CPMI 8/1 na condição de testemunha, colaborando, um homem de quase 80 anos que muito já trabalhou pelo Brasil, tendo que ouvir calúnias e difamações por alguns políticos desqualificados".

Lúdio chama produtores de "grileiros" e defende avanço da demarcação de terras indígenas

access_time22/09/2023 17:02

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou, com 9 votos contra a 2, a tese do Marco Temporal. Conforme o petista, “a grilagem” em terra indígena tem que ser abolida. “Os povos indígenas estão aqui muito antes do que qualquer europeu tenha chegado, tenha chegado aqui. A terra produtiva em área que não seja indígena não terá problema. Agora grilagem em terra indígena, essa terá que ser abolida”, disse em entrevista à imprensa, nesta sexta-feira (22). Lúdio acredita que a decisão favorece Mato Grosso, por isso a demarcação deve avançar no Estado. “São 43 povos indígenas do Mato Grosso, centenas de comunidades quilombolas que também foram expulsas dos seus territórios por latifundiários, por jagunços, esses são grileiros, invasores de terra pública, de terra de comunidades tradicionais [...] Agora a representação política de Mato Grosso não pode se deixar contaminar pela ganância daqueles que querem fazer de Mato Grosso um fazendão para produzir commodity”, pontuou. A tese do Marco Temporal prevê que só podem ser demarcadas terras que estavam ocupadas por indígenas até o dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. Votaram contra o Marco Temporal os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luíz Roberto Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e a presidente Rosa Weber. A minoria vencida são os ministros André Mendonça e Nunes Marques. “Aqueles que defendem o marco temporal, para legalizar apropriação indevida de território indígena sagrado, esses foram derrotados e não têm que ficar esperneando. Essa decisão vai dar segurança jurídica para quem honesto”, concluiu Lúdio. De acordo com o senador Jayme Campos, somente a demarcação da Terra Indígena Kapôt Nhĩnore, localizada nos municípios de Vila Rica, Santa Cruz do Xingu e São Félix do Xingu, no Pará, poderá causar a desapropriação de 201 propriedades rurais.  O STF ainda irá discutir sobre a indenização de não-índígenas que ocupam atualmente áreas dos povos originários e a compensação aos indígenas quando já não for mais possível conceder a área reivindicada.

Trump amplia vantagem em pesquisa sobre disputa por candidatura a eleição nos EUA

access_time21/09/2023 18:19

Levantamento da Emerson College Polling divulgado nesta quarta-feira, 20, aponta que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ampliou para 47 pontos percentuais a vantagem sobre o governador da Flórida, Ron DeSantis, na disputa pela candidatura do Partido Republicano às eleições presidenciais de 2024. A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de setembro com 1.125 eleitores registrados e constatou que 59% dos votantes republicanos são a favor de Trump – um aumento de nove pontos em relação à pesquisa do mês passado. DeSantis, o adversário mais próximo de Trump na disputa interna, aparece com o apoio de 12% dos entrevistados, sem alteração em relação ao mês passado, e o empresário Vivek Ramaswamy perdeu dois pontos, ficando com 7% da preferência dos entrevistados. “O eleitor de Trump continua resistente. Apesar de uma queda em agosto após o primeiro debate republicano, do qual Trump não participou, sua liderança cresceu e ele melhorou a posição em relação a antes do debate”, disse Spencer Kimball, diretor executivo da Emerson College Polling. A pesquisa indica que, para 40% dos prováveis eleitores, a questão mais importante é a situação econômica, enquanto 13% dizem que sua maior preocupação são as ameaças à democracia, 12% estão preocupados com o custo da assistência médica e 10%, com a migração.

Projeto de Lei que concede o piso salarial dos enfermeiros é aprovado por unanimidade

access_time20/09/2023 06:37

O Projeto de Lei nº 020/2023, de 13 de setembro de 2023, de autoria do Poder Executivo foi apresentado em Sessão Ordinária e baixado as Comissões permanentes por onde tramitou em regime de urgência recebendo parecer favorável dos membros das Comissões de Finanças e Orçamento e da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Desta forma a presidente da Câmara, vereadora Rosangela de Matos Dias – Zinha – (PSD), convocou Sessão Extraordinária que ocorreu na tarde de terça-feira, 19 de setembro de 2023, recebendo voto favorável dos 11 vereadores presentes na sessão. O representante da classe dos enfermeiros, Edimir Teixeira dos Santos, que por duas vezes ao longo do processo para dar explicações sobre a necessidade de aprovação do Projeto e em outra para agradecer o trabalho da Presidente da Câmara e dos demais Vereadores, do Secretário de Saúde, que se dispôs a dialogar com os representantes da classe levando a eles a informação de como seria feito o pagamento dentro do que preceitua a Portaria GM/MS nº 1.135 de 16 de agosto de 2023, que estabelece o piso salarial nacional de enfermeiro, técnicos e auxiliares de enfermagem. Edimir salientou que o empenho da presidente Rosangela de Matos Dias em promover reuniões da classe com os demais Vereadores e com a equipe da Secretária de Saúde, chefiada pelo secretário Gilberto Cavalheiro, foi fundamental para se chegar à aprovação do Projeto de Lei que beneficia a classe de enfermeiros de acordo com a Portaria do Ministério da Saúde. Rosangela de Matos Dias, disse que a Câmara de Vereadores através dos seus membros busca levar melhorias para a população, mas também está ao lado dos servidores públicos municipal com o intuito de dar a eles as garantias necessárias para o bom desempenho de suas funções, dialogando e servindo de interlocutor entre eles e os gestores, Secretários e Prefeito. Segundo a Presidente, o Piso Nacional é um direito adquirido dos enfermeiros através da Portaria do Ministério da Saúde, que agora passam a receber este aumento. Zinha disse que o dialogo entre a classe, o Secretário de Saúde e seus Assessores e os Vereadores demonstrou que não e preciso ações que paralisem as atividades e venha prejudicar os usuários do setor.  O Projeto de Lei 020/2023, segue agora para a sanção do Chefe do Executivo e deve ser contabilizado já na folha salarial deste mês.

Mauro mobiliza bancada para manter Marco Temporal; "Brasil não pode viver mais uma crise"

access_time19/09/2023 19:25

O governador Mauro Mendes (União) acredita que a votação do Marco Temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) pode se tornar uma “tragédia” para o Brasil. Ele tem mantido contato com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que seja pautado em plenário o projeto de lei que trata do assunto, ao invés de aguardar a decisão do STF. A declaração foi dada em conversa com a imprensa nesta terça-feira (19). Na semana passada, o governador pediu ao STF que suspenda o julgamento sobre o assunto até que o projeto de lei seja votado e promulgado pelo Congresso Nacional. Atualmente, tramita no Senado um PL que prevê a participação da população indígena e da sociedade civil para definição de novas demarcações. “Olha, eu tenho cobrado dele (Pacheco), tenho pedido, tenho clamado, mostrando que o Brasil não pode viver uma grande crise fundiária com a abertura novamente dessa discussão”, disse o governador. “Já falei com ele (Pacheco) algumas vezes, tenho cobrado os nossos senadores, o Jayme, a Margareth, o Mauro Carvalho, eles têm se empenhado e vão continuar se empenhando para a gente passar isso a limpo e botar um ponto final na tragédia que isso pode se transformar”, acrescentou. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu no último dia 31 de agosto o julgamento do marco temporal para demarcação de terras indígenas. O placar está em 4 a 2 contra a tese que dificulta as demarcações. Mantendo este cenário, terras produtoras no Brasil deverão ser repassadas para os indígenas. O Marco Temporal é uma tese que estabelece que apenas as terras indígenas ocupadas até 5 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição, serão demarcadas. No entanto, lideranças dos povos originários declaram que a questão vai contra a Carta Magna.  A tese do marco temporal surgiu pela primeira vez durante o julgamento da Petição 3.388, caso que ficou conhecido como Raposa Serra do Sol, em 2009. À época, o STF definiu uma série de parâmetros para a demarcação dos territórios indígenas brasileiros, condicionando-a à ocupação do local à data da promulgação da Constituição ou à comprovação de que houve o chamado “esbulho renitente”, medida que impossibilitou os indígenas de estarem em seus territórios tradicionais diante da expulsão e retirada forçada por particulares.

Partidos articulam ‘dança das cadeiras’ de olho em maioria para derrotar PL contra o casamento gay

access_time18/09/2023 20:42

A Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira, 19, um projeto de lei que pretende acabar com o casamento entre pessoas do mesmo gênero. A pauta da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família tem como item único o Projeto de Lei (PL) 580/2007, de autoria do então deputado Clodovil Hernandes, morto em 2009, que trata sobre o casamento civil de união homoafetiva. A relatoria da matéria é do deputado Pastor Eurico (PL-PE), que é contra o reconhecimento. Opositores da matéria alegam que a aprovação do relatório fará retroceder direitos adquiridos pela comunidade LGBTQIA+ há mais de 10 anos, uma vez que propõe que nenhuma relação entre casais homossexuais pode equiparar-se ao casamento ou à entidade familiar, além de distorcer a proposição inicial, que pretendia alterar o Código Civil para validar o casamento homoafetivo. Para barrar a proposta, partidos articulam, às vésperas da votação, uma “dança das cadeiras” com a substituição e indicação de parlamentares contrários ao texto, como a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), uma das principais representantes da comunidade LGBTQIA+ no Parlamento, incluída nesta segunda na lista de membros titulares da comissão. O próprio relator do texto já precifica novas trocas visando maioria contra o seu parecer. Para Pastor Eurico, também é esperado que os opositores usem outras estratégias para obstruir e impedir a aprovação, como a apresentação de requerimentos para retirada de pauta: “É um jogo de interesse e tudo bem”, reconheceu em entrevista. “De hoje para amanhã muitas pessoas podem ser trocadas na comissão. É um jogo de interesse e tudo bem. Cabe a cada um fazer o seu trabalho. Estamos tranquilos”, mencionou o deputado, que considera a realização da votação na Casa mais importante que o resultado em si. “Amanhã ninguém vai poder dizer que a Câmara ou o Congresso não legislou, fizemos a nossa parte. É como o caso das drogas, o STF vai julgar. É problema do STF, que caia sobre eles responsabilidade, porque nós já legislamos [contra a descriminalização das drogas para consumo pessoal]”, completou. ‘União estável não é casamento’ Contrário ao reconhecimento do casamento homoafetivo, o deputado Pastor Eurico argumenta que a Constituição classifica o casamento como uma instituição entre “homem e mulher”. Trecho de seu relatório cita, inclusive, que a Carta Magna brasileira, de 1988, estabelece que “a família, base da sociedade, com especial proteção do Estado, reconhece a união estável como entidade familiar apenas entre homem e mulher”. Ou seja: “qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivos representa afronta direta à literalidade do texto constitucional”. O texto do parlamentar do PL também critica o “ativismo judicial” do STF (Supremo Tribunal Federal) e acusa a instituição de usurpar o Poder Legislativo ao receber em 2011, por unanimidade, a união homoafetiva. Como o site da Jovem Pan mostrou, embora o casamento entre pessoas LGBT+ não seja assegurado por lei, a decisão da Suprema Corte garante que os casais homoafetivos têm os mesmos direitos e deveres que os casais heterossexuais, enquanto o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2013, passou a obrigar, por meio da Resolução Nº 175/2013, que todos os cartórios do país habilitassem e celebrassem o casamento civil entre pessoas do mesmo gênero. Assim, conforme a decisão do STF, o CNJ proíbe que as autoridades competentes se recusem a registrarem as uniões LGBT+. Contudo, ocorre que união estável e casamento não são sinônimos, como explica o relator. “O relatório está em cima do que está na Constituição: casamento reconhecido na Constituição, hoje, é entre homem e mulher. Quanto aos direitos civis de pessoas que vivem junto é outra coisa. A junção, a convivência homoafetiva não é proibida. Você faz o que quiser na sua vida. O grande problema é legislação. União estável já está garantida pela interpretação do Judiciário. Mas união estável não é casamento, nem entre héteros. Essa é a diferença. A nossa lei diz que o casamento reconhecido é de homem e mulher”, pondera o deputado, que rebate as acusações de que o texto represente um retrocesso a direitos: “Eu nem posso acabar com direitos adquiridos, porque a legislação não pode retroagir para prejudicar. Só que as pessoas levam para o casamento. O casamento homossexual não está na Constituição, ele foi baseado na união homoafetiva para reconhecimento dos direitos civis”, completou. Na visão do deputado Pastor Eurico, para que “a instituição casamento” seja reconhecida entre pessoas do mesmo sexo é necessária uma mudança na Constituição, que ocorre pela aprovação de uma PEC. “Não é com um PL que vai se mudar uma Constituição”. Retrocessos a direitos adquiridos Ainda que o relator rebata acusações e afirme que, atualmente, as decisões do CNJ e do STF garantem apenas a união estável homoafetiva, sendo essa não prejudicada pelo PL 580/2007, na prática, críticos ao texto pedem direito ao casamento igualitário. Isto é: que pessoas do mesmo sexo possam se casar. A principal diferença entre a união estável e o casamento é que a união não altera o estado civil e não requer formalidade em cartório. Em publicação nas redes sociais, a deputada Erika Hilton justifica que o relatório do deputado Pastor Eurico tenta “definir o casamento como algo exclusivamente heterossexual”, mesmo sendo aprovado por mais da metade da população. “Não ficaremos em silêncio enquanto fundamentalistas tentam fazer de pessoas LGBTQIA+ saco de pancada em discursos e projetos feitos para chocar, atacar e alimentar o ódio que os move”, escreveu a parlamentar no X (antigo Twitter). Também contrária à proposta, a deputada Erika Kokay (PT-DF) classifica como “inadmissível” que a população tenha que enfrentar ameaças de retirar direitos. “Precisamos assegurar que todas as pessoas tenham direito de registrar as suas relações, que os casais homo tenham o direito de constituir famílias”, alega. Na proposição inicial, de Clodovil Hernandes, foram apensados oito projetos de lei – de 2009 a 2021 –, sendo que sete deles também defendem a união estável, incluindo o Projeto de Lei 1.865/2011, que “possibilita a conversão da união estável em casamento civil”, embora não seja admitida nas situações de pessoas que realizaram troca de sexo por métodos cirúrgicos, o caso de transgêneros; o PL 5.120/2013, que também reconhece o casamento civil e a união estável entre pessoas do mesmo sexo; o PL 3.537/2015, PL 8.928/2017 e PL 5.962/2016, que também permitem a conversão da união estável em casamento; e o PL 4.004/2021, que adequa o Código Civil para permitir o casamento homoafetivo. Em contrapartida, também foi incluído o PL 5.167/2009, que baseia o voto do relator, e estabelece que “nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar”. A previsão é que aconteçam atos em defesa do casamento LGBTQIA+ nesta terça-feira, a partir das 11h, em frente ao Anexo II da Câmara Federal.

Bolsonaro critica a criação de mais um ministério no terceiro mandato de Lula

access_time16/09/2023 16:23

Em suas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou na manhã deste sábado, 16, um texto criticando a criação de mais um ministério no terceiro mandato de Lula.  Ela fez referência ao Ministério de Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. No seu posicionamento, Bolsonaro ainda chamou o petista de “cachaceiro” e anexou uma  fotografia de um fundo do poço. “Mais um ministério criado pelo desgoverno, que continua jogando no lixo tudo que o País precisa para prosperar economicamente, inchando mais ainda a máquina pública”, escreveu ele no Twitter. “Também vale ressaltar que reduzimos para 23 o número de ministérios o cachaceiro acaba de bater o recorde criando mais um, além de outro já inventado nos últimos dias, sendo agora 39 para ‘segurar’ sua indecorosa posição”, completa Bolsonaro. Na verdade, o última pasta criada no terceiro mandato de Lula é a 38ª da gestão, e não a 39ª como disse Bolsonaro.